quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Poeta

Suas emoções são invisíveis, seu sentimento é infiel, ele não demonstra amor, é um poeta de papel. Seus versos são sem razão, eles não rimam, nem se completam, o poeta de papel, não tem coração e é por isso que o invejam. Dois versos falavam sobre amor, os dois seguintes, sobre rancor, ele não tem emoções, e sem razão são suas criações… Queria ser como os outros, para inspirar-se quando escrevesse, os outros queriam ser como ele, para que aos escrever, não sofressem… Tentava escrever, sentia-se vazio como a cartola de um mágico falido, desistiu de viver, já que sua vida era querer ser compreendido, sentir algo ao escrever, ou talvez ao menos entender o porque, logo percebeu, que havia nele um sentimento, de tanto que queria sentir algo, sentiu o sofrimento… escreveu versos lindos, lindos poemas, que foram lidos, e outros poetas elogiaram para alegria do poeta de papel, que agora sentia que o amavam. Seus poemas nunca foram tão belos, até que acabou o sofrimento por ser de papel, e com ele foi-se a inspiração, ao olhar para o céu, pensou em tudo que vivera até então, sentiu algo em seu coração, e já sem motivos para viver, caiu ao chão.

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